Normalmente quando um paciente chega em uma das nossas unidades de atendimento relatando dor dente, uma das perguntas que faço é: COMO É A SUA DOR ? Dependendo da resposta, ja posso saber se a dor dente requer um tratamento de canal ou é somente uma cárie.
Se o paciente me responder que a dor é gerada a partir de um estimulo (gelado, doce ou ao morder algo) começo a suspeitar que uma simples remoção da carie e a confecção da restauração já pode resolver o problema.
Se por outro lado, o paciente responder que a dor é contínua, latejante (parece que o dente pulsa junto com o coração), se colocar algo quente dói e ao deitar a dor aumenta , já são sinais de que a carie já comprometeu o nervo do dente e portanto teremos que tratar o canal.
Uma pequena explicação sobre a evolução da carie:
O dente possui as seguintes camadas:
1- esmalte
2 dentina
3 polpa (nervo).
A cárie nada mais é do que um conjunto de bacterias que utilizam os restos alimentares presentes na boca (placa) e a utilizam comofonte de energia. Como resultado elaas liberam um acido que começa a corromper a camada mais externa: o esmalte. A progressão da carie para segunda camada (dentina) o paciente normalmente passa a sentir algum incomodo de dor. É que nesta camada existem terminações nervosas e são sensiveis aos estimulos.
Quando a carie chega ao nervo (polpa) o dano já é irreversivel, restando somente como alternativa o tratamento do canal. Neste estágio o paciente relata dor constante e insuportável. A administração de analgesicos somente servem para aliviar a dor momentaneamente e por um curto periodo de tempo.
E se mesmo assim, o paciente nao procurar o tratamento haverá formação da fístula (bolha). Que nada mais é do que uma infecção concentrada na ponta da raiz do dente. Nesta situação ocorrem os inchaços do rosto. Essa situação já é mais grave e alguns casos pode levar à internações hospitalares e em situações não muito incomuns à morte.
Em 2011 a imprensa relatou a morte de um jogador de basquete da cidade de Santos decorrente a uma infecção dentária.
Além de todas as questões aqui expostas, ressaltamos que em termos de custo, fazer uma restauração é muuuuuuito mais em conta e menos inconveniente do que realizar um tratamento de canal.